Estamos aqui para comentar e trocar ideias sobra canto lírico,o canto mais bem preparado com mais dificuldades e tudo mais.
Se poderem deixem suas classificasões:Eu sou leonardo alvino-sou contratenor sopranista-canto na tecitura de uma soprano.
sábado, 1 de dezembro de 2007
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Vozes FEMININAS:
*Soprano é o nome do registro da voz (ou naipe) feminina mais aguda.
A voz de soprano recobre a extensão do Dó3 ao Dó5 (os números correspondem às oitavas do piano). Em termos gerais, corresponde à faixa de emissão do tenor, no caso masculino, e é o mais alto, ou seja, o mais agudo dentre os registros femininos, distinguindo-se desse modo das vozes de mezzo-soprano e de contralto.
Usualmente, apenas adultos do sexo feminino são capazes de emitir confortavelmente notas na altura correspondente à faixa de um soprano, pois as cordas vocais dos homens engrossam após a puberdade, produzindo vozes mais graves. Por meio de técnica especial que envolve o emprego do falsete, alguns cantores líricos ainda se especializam em papéis de soprano, e são, por isso, denominados sopranistas. As vozes infantis são, por vezes, denominadas sopraninos.
Tipos de soprano
Na ópera, existem diferentes classificações para sopranos, que levam em consideração não apenas a altura e a coloração da voz, mas também certas habilidades técnicas exigidas para desempenhar certos papéis. Nas escolas francesa e alemã, são classificadas de um jeito diferente usando classificações especiais e classificando por categorias, que chega a abranger de dois a tres timbres diferentes. As classificações por timbres são:
Soprano ultra leggero
Soprano leggero
Soprano lírico-leggero
Soprano lírico
Soprano lírico-spinto
Soprano lírico-dramático
Soprano dramático
Soprano de carácter
Soprano Popular
*Mezzosoprano é voz feminina intermédia entre o soprano e o contralto. O mezzo geralmente apresenta um timbre mais encorpado que o soprano e tem uma extensão maior na região central-grave.
Características vocais
Como um contralto legítimo é uma voz rara, muitas vezes o mezzo é quem canta as partes de contralto nos "divisis" dos arranjos corais e vocais em geral. Isso gera um pouco de confusão, trazendo a idéia de que o mezzo tem uma voz grave, o que nem sempre é verdade. É uma voz que tem maiores possibilidade de "misturar" a voz no centro e descer com o som mais equalizado do que um soprano faria. Mas, na verdade, um bom mezzo pode e deve ter seus agudos bem desenvolvidos.
Papéis operáticos
Azucena, o papel da cigana do "Il Trovatore" de Verdi (um dos papéis mais difíceis para o mezzo) tem um dó5 para cantar numa das cadências. O "mezzo rossiniano", que tem uma abordagem mais leve por causa das coloraturas que tem que executar, também desmitifica a idéia da voz do mezzo ser grave. Um exemplo disso é o papel de Rosina no "Il Barbieri di Siviglia" de Rossini.
Além destes, outros papéis onde podemos ouvir uma voz de mezzo-soprano são:
Carmen, na ópera homônima de Bizet;
Charlote, em "Werther" de Massenet;
Amneris, em "Aida" de Verdi;
Angelina, em La Cenerentola de Rossini.
Há ainda alguns papéis que podem ser feitos por mezzos ou sopranos dramáticos:
Santuzza, em "Cavaleria Rusticana" de Mascagni;
Dorabella, em "Così fan tutte" de Mozart;
Cherubino em "Le nozze di Figaro" de Mozart;
Leonora em "La favorita" de Donizetti;
Mezzosopranos por timbres e escolas
Mezzosoprano leggero
Mezzosoprano lírico
Mezzosoprano dramático
Mezzosoprano popular
*O Mezzocontralto é o timbre intermediário entre o mezzosoprano e o contralto, trata-se do correspondente ao baixo-barítono, de fato é um contralto com âmbito de mezzosoprano, e nunca um mezzosoprano com âmbito de contralto, que no caso seria um mezzo dramático. Sua tessitura usual é do Mib2 ao Lá4.
*O Contralto é o timbre feminino mais pesado, e soa quase que com a plenitude de uma voz masculina. É um timbre robusto e vigoroso, chamado também de contralto profondo. Sua extensão aguda é curta e compensada no registro grave. Não tem divisão interna por timbre, e raramente canta papéis em Óperas. Sua tessitura usual é do Lá1 ao Fá4.
Vozes masculinas:
*Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde em pleno à das vozes femininas, seja de (soprano, mezzo-soprano, ou contralto). Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não ocorre.
A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea das hormonas sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba.
Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se, nomeadamente em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem.
O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registo da sua voz.
Os castrati na história
A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século XVI, tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das igrejas. No fim da década de 1550, o duque de Ferrara tinha castrati no coro da sua capela. Está documentada a sua existência no coro da igreja de Munique a partir de 1574 e no coro da Capela Sistina a partir de 1599. Na bula papal de 1589, o papa Sisto V aprovou formalmente o recrutamento de castrati para o coro da Igreja de S. Pedro.
Na ópera, esta prática atingiu o seu auge nos séculos XVII e XVIII. O papel do herói era muitas vezes escrito para castrati, como por exemplo nas óperas de Handel. Nos dias de hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por cantoras ou por contratenores. Todavia, a parte composta para castrati de algumas óperas barrocas é de execução tão complexa e difícil que é quase impossível cantá-la.
Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho para ser castrado. Em Nápoles, recebiam a sua instrução em conservatórios pertencentes à Igreja, onde leccionavam músicos de renome. Algumas fontes referem que muitas barbearias napolitanas tinham à entrada um dístico com a indicação "Qui si castrano ragazzi" (Aqui castram-se rapazes).
Em 1870, a prática de castração destinada a este fim foi proibida em Itália, o último país onde ainda era efectuada. Em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a utilização de castrati nos coros das igrejas. O último castrato a abandonar o coro da Capela Sistina foi Alessandro Moreschi, em 1913.
Na segunda metade do século XVIII, a chegada do verismo na ópera fez com que a popularidade dos castrati entrasse em declínio. Por alguns anos, ainda existiram desses cantores na Itália. Com o tempo, porém, esses papéis foram transferidos aos contratenores e, algumas vezes, às sopranos.
O filme "Farinelli"
O mais famoso castrato do século XVIII terá sido Carlo Broschi, conhecido por Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli il Castrato.
O filme "Farinelli", de Gérard Corbiau (1994) focaliza a vida do mítico cantor italiano Carlo Broschi (1705-1782), que iniciou sua carreira ao lado do irmão, o pianista Ricardo Broschi. Fora aluno de Nicola Porpora e ganhou muito prestígio em toda a Europa. Aparece como um galã, de olhar triste e solitário, que encerrou carreira como cantor exclusivo do rei Felipe V da Espanha, que o contratou porque seu canto era a única coisa que o tirava da depressão.
No longa-metragem, Farinelli vive um embate com o compositor Haendel, que quase vai à falência quando o astro rouba o público de seu teatro para o do concorrente.
Na época dos castrati, a estrela era o cantor; a música, portanto, deveria estar a serviço dele. E o filme toca nesse assunto quando Haendel descarrega em Farinelli todo seu ódio. De ambas as partes, era uma relação alimentada por admiração e raiva.
Farinelli alcançava 3.4 oitavas, do Lá2 até o Ré6, com sua voz e, dizem, tinha a capacidade de sustentar 150 notas em um só fôlego. Para fazer o filme, foi necessário juntar a interpretação de dois cantores, um contratenor e uma soprano coloratura.
Como não há gravações, ninguém sabe dizer ao certo como era a voz de Farinelli e de seus contemporâneos. Há apenas alguns registros do último castrato, Alessandro Moreschi (1858-1922), que serviu na Capela Sistina e, entre 1902 e 1904, gravou dez discos.
Tessitura usual: Lá2 ao Fá5.
*sopranista é um cantor que alcança o registro vocal do soprano. Diferente de um contratenor, que treina sua voz para usar o máximo de suas cordas vocais para produzir um tom mais cheio, o sopranista usa menos a parte grave de suas cordas vocais - desse modo permitindo o acesso a um registro extremamente elevado. Um dos motivos para isso é a voz insustentavel do falseto. (Existe especulação de sobre a verdadeira técnica deste tipo de voz).
Existe um vasto repertório escrito para sopranos masculinos, que foram criados na época em que era comum encontrar castrati - um tipo da voz que, para todas as intenções e finalidades, não existe mais. Sopranistas são muito raros, e não tem o poder da voz que um castrato teria naturalmente.
Sopranista
É a voz masculina desenvolvida na tessitura do Soprano em falsete, este é um gênero, isto é cada vez mais apropriado. Possivelmente há cem homens em cada país que possuem vozes inusitadamente agudas e passíveis de nao sofrerem qualquer dano. Naturalmente, isto começa a desfocar a linha entre quem são verdadeiramente vozes agudas masculinas ou quem são “Castrati Naturais”. Isto é uma excelente especialidade e como é freqüentemente verdadeira esta terminologia não é necessariamente importante. Em alguns casos este tipo de cantores são menos inibidos para apresentar suas verdadeiras cores, e eles são freqüentemente chamados para cantar Arias de sopranos ou papéis de Soprano castrati.
Registros
• Registro agudo: É brilhante e com uma cor aveludada, possui diversos padrões de cores e matizes, sendo às vezes metálico e vibrante e até redondo e aveludado. Pode ter uma extensão pequena até o Dó5 e pode emitir até um Fá5, ou até mais dependendo da elasticidade a membrana vocal podendo emitir notas estratosféricas. Como Adam Lopes,que alcança uma incrível extensão de sete oitavas emitindo até o Dó#7 e Nicola Sedda,que possui uma extensão do Mi1 ao Lá9.
• Registro central: Por ser uma voz em falsete pode variar a intensidade até mesmo na cor que pode ser escura como um mezzosoprano ou clara como de um soprano, geralmente mantem um padrão um pouco escuro e rico em matizes, possui grande agilidade para passagens de coloratura.
• Registro grave: É menos intenso que um contratenor, por usar a voz numa tessitura muito aguda usa-se menos a voz de peito, geralmente um sopranista em falsete é um tenor na voz de peito. Quando se canta muito em falsete a tendência da voz de peito “natural” acaba ficando fraca e pouco proveitosa.
Personagens
• Cesare, em Catone in Ultica, de Antonio Vivaldi;
• Asarce, em Aureliano em Palmira, de Gioacchino Rossini;
Exemplos de cantores
• Michael Aspinall, Terrance Lee Barber, Simone Bartolini, Kyle Church Cheeseborough, Aris Cristofellis, Quatu Florin Cezar, Patrick Husson, Philippe Jaroussky, Angelo Manzotti, Javier Medina, Ângelo Menzotti, Klaus Nomi, Dariusz Paradowski, Arno Raunig, Artur Stefanowicz, Jorg Waschinski, Randall Wong, Fabrívcio Onassys.
Tessitura usual: Lá2 ao Ré5 (Fá5).
*Contratenor é um cantor masculino adulto que canta numa tessitura correspondente à do alto ou até mesmo à do soprano, adoptando normalmente a técnica do falsete. Apesar de as propriedades vocais variarem entre contratenores, é comum a todos eles o timbre perceptivelmente distinto da voz feminina, para um ouvido atento.
A voz de contratenor teve um resurgimento massivo em popularidade na segunda metade do séc. XX, parcialmente devido a pioneiros como Alfred Deller e pelo aumento de popularidade da ópera Barroca. Apesar de serem considerados um fenômeno da música renascentista e barroca, alguns contratenores modernos exploram um repertório bem extenso. O termo contratenor deve ser usado exclusivamente no contexto do canto lírico.
História
No início da polifonia, a voz de contratenor era uma parte melódica em contraponto com a do tenor. Era escrito quase que na mesma extensão de um tenor. No século 15, o contratenor foi dividido em contratenor altus e contratenor bassus (contratenor alto e contratenor baixo), que estavam respectivamente acima e abaixo da voz de tenor. Já no século 16, entretanto, o termo se tornou obsoleto já que o Latin perdeu a sua popularidade. Na Itália, o contratenor alto se tornou simplesmente alto; na França, haute-contre; na Inglaterra, contratenor.
Os contratenores permaneceram no nicho da música vocal sacra, em parte porque as mulheres não tinham permissão para cantar nos cultos das igrejas. Entretanto, eles não foram bem recebidos na ópera. Handel iria ocasionalmente escrever papeis específicos para contratenores, mas os castratos eram bem mais populares. Como resultado, a voz de contratenor era encontratada apenas em coros de catedrais e em ocasionais músicas renascentistas.
O ícone mais visível do redescobrimento dos contratenores foi Alfred Deller, um cantor inglês e campeão de performances autenticamente renascentistas. Deller inicialmente chamava a si mesmo de "alto", mas seu colaborador Michael Tippett recomendou o termo arcaico "contratenor" para descrever sua voz.
Nos idos de 1950 e 60, seu grupo, o Deller Consort, conseguiu aumentar o interesse (e a apreciação) pelo Renascimento e a música Barroca. Benjamin Britten escreveu o papel de Oberon em sua ópera Sonhos de uma noite de verão para ele. Deller foi o primeiro contratenor da era moderna a conseguir tanto prestígio, mas ele não seria o último.
Russell Oberlin foi a contraparte americana de Deller, e também outro pioneiro da música renascentista. O sucesso de Oberlin foi inteiramente sem precedentes em um país que tinha visto pouco exposição para qualquer coisa antes de Bach, e assim, o caminho para a próximo geração de contratenores foi pavimentado.
Hoje, contratenores atendem uma demanda requisitada por várias formas de música erudita. Na ópera, muitos papeis escritos originalmente para castrados são cantados agora por contratenores, assim como alguns papeis que são apresentados invertidos (homens interpretando mulheres e vice-versa). Compositores modernos escrevem papeis para contratenores, tanto para trabalhos em corais quanto na ópera. Grupos corais masculinos como o Chanticleer e The King's Singers (Os Cantores do Rei) os empregam com grande efeito em uma variedade de gêneros, incluindo música renascentista, gospel e até mesmo música folclórica.
Tipologia vocal
A grande maioria dos contratenores utiliza a técnica do falsete para chegar ao registro agudo, pelo que, em vozes masculinas destreinadas, o timbre tende a soar harmonicamente débil. No entanto, trabalhada com a técnica adequada, a voz de contratenor pode alcançar grande ressonância e volume.
Muitos contratenores passam do falsete para a voz de peito em notas graves com grande suavidade. Com efeito, a passagem suave entre os registros vocais é dos controles mais difíceis de se conseguir para o contratenor novato.
Poucos contratenores tem um registro comparável à de um soprano. Nesse caso são chamados sopranistas, cantando frequentemente as árias escritas para os castratos. Apesar de os resultados variarem significamente entre cantores, um contratenor soa bem diferente de uma mulher cantando no mesmo registro.
Registro agudo
É escuro muito intenso, possui um veludo brilhante e riqueza em matizes podendo variar a coloração e até alcançar a tessitura de soprano. A agilidade é espontânea e necessária para os diversos papéis escritos para esta voz.
Registro Central
De timbre geralmente escuro semelhante ao do contralto, possui uma variedade de matizes especiais, mantendo um timbre único e aveludado. É de grande agilidade em coloraturas e pode alcançar altos níveis de virtuosidade.
Registro GRave
É fácil e geralmente feito com a voz de peito “natural”, mas possui uma certa dificuldade para manter uma cor única entre o falsete e a voz natural, possuindo uma zona de transição a mais que as vozes comuns.
Personagens
Arbace, em Catone in Ultica, de Antonio Vivaldi;
Xerxes, na homônima ópera, de Haendel;
Orlando, na homônima ópera, de Haendel;
Oberon, em Sonhos de uma noite de verão, de Benjamen Britten;
Cantores Famosos
Cláudio Modesto
Fernando de Carvalho
Edson Cordeiro
Timothy Dalton
Peter Giles
Yoshikazu Mera Dannilu
Derek Lee Ragin
Nigel Short
Kevin Smith
Luís Peças
*Haute-contre É a forma mais aguda do tenor leggero, cultivada na França desde o período barroco. Sua tessitura é mais aguda que a do tenor leggero e une a emissão em voz de peito e voz de cabeça combinados, alcançando notas extremamente agudas sem recorrer ao falsete; o termo servia para identificar certos tenores que cantavam na tessitura de contralto, sem recorrer ao uso de falsete, o que é pouco provável. É possível encontrar tenores ultraleggeros e flexíveis, denominados "Tenores agudos” “high tenors" o britânico (Rogers Covey-Crump e Simon Berridge...), que atinge facilmente as vozes de cabeça passam muito bem ao disco certas obras (por exemplo, Charles Daniels ou Rodrigo del Pozzo nos motetos solistas de Mondonville). Em contrapartida, mesmo restabelecendo o diapasão mais baixo em uso aos séculos XVII e XVIII, utilizando instrumentos de época (ou cópias) e respeitando os efeitos originais, estes cantores não teriam o tecido vocal, a potência requerida para encarnar os papéis heróicos de certas tragédias. Recorre-se geralmente a tenores que dominam a técnica da voz mista e o estilo declamatório muito específico em vigor na ópera francesa. Certamente, cada papel deve considerar-se individual. Jean- Paul Fouchécourt, dotado de uma voz naturalmente muito leve, especializou-se nos empregos de haute contre e desenvolveu esta voz mista, combinação hábil dos registros de peito e falsete, tomando exemplo sobre o tenor mozartiano Léopold Simoneau. Sua tessitura usual é do Ré2 ao Ré4 (Sol4).
Na Itália
É chamado de Tenor Contraltino ou Tenorino que é uma designação de um tenor que atinge o registro agudo em voz de cabeça, não em falsete, também serve para identificar certos tenores falsetistas chamados outrora de tenoristas, como no caso de Giovanni Davide tenor rossiniano que atingia um Fá4.
A confusão entre o Haute Contre e o Contratenor
A palavra encontra a sua origem na parte polifônica aparecida no século X ao lado do tenor, mas evoluindo numa tessitura mais aguda: o contratenor altus. Countertenor designava, por conseguinte esta parte nomeada contralto em italiano, alt(us) em alemão e Haute Contre em francês. É por isso que, ao século XX a palavra countertenor foi traduzida Haute Contre. Mas se designam ambos os à parte de alto, em contrapartida, não abrangem exatamente a mesma tessitura e conseqüentemente não são necessariamente interpretados pelo mesmo tipo de voz. É evidentemente aqui que as coisas se confundem. Realmente, o âmbito do countertenor é bastante extensível e a palavra designa duas categorias vocais: em primeiro lugar um tenor elevado (high tenor), comparável ao Haute Contre, que se poderia qualificar "de contratenor grave", quem excede cerca de uma terça da tessitura do tenor. Mas o countertenor designa também o falsetista que poderia-se qualificar "de contratenor agudo", e cuja voz pode estender-se até ao fá 5 (David no oratorio Saul de Haendel, certos contratenores evoluem hoje em dia na tessitura de mezzosoprano David Daniels ou Flavio Oliver), mas que não exclui o uso do registro de peito para às notas mais graves. Haute Contre e contratenor não são consequente sinônimos perfeitos. Em suma, um haute contre era um contratenor, mas um contratenor não era necessariamente um Haute contre.
Registro agudo
É sem duvida o que define o Haute contre, a interpretação de Haute Contre hoje representa de reais dificuldades: as tessituras são às vezes muito elevadas – é nomeadamente o caso de David em David e Jonathas, de Charpentier, e, sobretudo os vários papéis criados por Jélyotte (Castor, Platée, Pygmalion, Zoroastre) ou por Legros (O Orphée de Gluck que abunda Si3, Dó4 e Ré4). E requer muitas vozes de tenor naturalmente agudas, flexíveis e ágeis e ao mesmo tempo suficientemente potentes, sonoros para cobrir as passagens acompanhadas de coros ou pela orquestra.
Registro central
É semelhante aos tenores leggeros, leve, de intensidade media e gracioso.
Registro grave
É fraco quase sem cor alguma, às vezes quase inexpressiva, de pouco volume e de extensão curta.
Personagens
Atys, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Bellérophon, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Persée, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Phaéton, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Amadis, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Acis no seu pastoral Acis e Galatée, de Jean-Baptiste
Lully;
Alphée, em Proserpine, da homônima ópera de Jean-Baptiste Lully;
Amor em Psyché, de Jean-Baptiste Lully;
Renaud, em Armide, de Jean-Baptiste Lully;
Cid, da homônima ópera de Charpentier;
Orpheé em Orpheé nos infernos, de Charpentier;
David, em David et Jonathas, de Charpentier;
Jason, em Medeé de Charpentier;
O astrólogo, em O galo de Ouro, de Rimsky-Korsakov;
Cristo, em A infância de Cristo, de Hector Berlioz;
Eneé em Didon, de Desmarest;
Ceix, em Alcyone, de Marin Pântano;
Agenor, em Callirhoé, de André Cardeal Destouches;
Scylla, em Scylla e Glaucus, de Jean-Marie Leclair;
Hipólito em Hipólito e Aricie, de Jean-Philipe Rameau;
Castor, em Castor e Polux de Jean-Philipe Rameau;
Dardanus, na homônima ópera de Jean-Philipe Rameau;
Zoroastre, na homônima ópera de Jean-Philipe Rameau;
Abaris, em As Boreades de Jean-Philipe Rameau;
Orpheé, em Orphée e Eurydice, de Gluck;
Aquiles, em Iphigenie em Aulide de Gluck;
Renaud, em Armide, de Gluck;
Pylade, em Iphigenie em Tauride de Gluck;
Cynire, em Echo e Narciso, de Gluck
Haute-Contres famosos
Andrew King
Bruce Brewer
Charles Daniels
Cyril Auvity
François-Nicolas Geslot
Gilles Ragon
Guy de Mey
Henri Ledroit
Howard Crook
Hugues Cuenod
Ian Partridge
Jean-Claude Orliac
Jean-Paul Fouchécourt
Jeffrey B Thompson
John Aler
John Elwes
John Mark Ainsley
Joseph Cornwell
Kurt Equiluz
Léopold Simoneau
Mark Padmore
Martyn Hill
Michael Goldthorpe
Michel Sénéchal
Neil Jenkins
Neil Mackie
Paul Agnew
Paul Elliott
Philippe Langridge
Phillip Salmon
Richard Croft
Rodrigo del Pozo
Rogers Covey-Crump
Rufus Muller
Russell Oberlin
Simon Berridge
William Kendall
Zager Vandersteene
*Tenor é o nome da voz (ou naipe) masculina tradicionalmente identificada como a mais aguda dentro de um grupo vocal.
Características
De acordo com a classificação tradicional, a voz de tenor corresponde à faixa de sons mais aguda que pode ser emitida, no canto lírico, por um indivíduo do sexo masculino. Ela distingue-se do barítono e do baixo por ter sua extensão padrão dentro dos limites do Dó2 ao Dó4 (onde os números correspondem à oitava do piano).
O termo tenor provém do latim tenere, que significa sustentar. Na música medieval, era a esta voz a que era atribuída, via de regra, a linha principal do canto. Por esta razão, o intérprete deveria ser capaz de "sustentar" as notas enquanto as outras vozes, mais agudas, realizavam floreios vocais.
A rigor, existem outras duas vozes masculinas ainda mais agudas do que o tenor. Elas são o contratenor, onde o cantor atinge o alcance vocal que corresponde à voz feminina de mezzo-soprano, e o sopranista, que chega mesmo a emitir notas na faixa de um soprano.
Indivíduos do sexo masculino não são capazes de atingir "naturalmente" o alcance vocal de um contratenor ou sopranista, porque durante a puberdade os hormônios masculinos fazem as cordas vocais engrossarem e a voz desloca-se para uma zona de emissão mais grave. Para especializarem-se nestas funções, os intérpretes necessitam deste modo de um treinamento especial. Por esta razão, o tenor ainda é tradicionalmente considerado a mais aguda dentre as vozes masculinas.
No repertório operístico clássico e romântico, os tenores costumam desempenhar os papéis masculinos principais, enquanto os coadjuvantes mais importantes estão a cargo das vozes mais graves (barítono ou baixo). Em muitos casos, o enredo gira em torno de uma disputa entre "herói" e "vilão", com o primeiro quase invariavelmente atribuído a um tenor.
Tipos de tenores
Na ópera, costuma-se distinguir entre diferentes tipos de tenores, conforme a altura e as habilidades técnicas exigidas por um determinado papel:
Tenor Leggero
Tenor Lirico Leggero
Tenor Lirico
Tenor Lirico Spinto
Tenor Lirico Dramatico
Tenor Dramatico
Tenor Absoluto
*O barítenor é o timbre intermediário entre o tenor e o barítono, é uma voz muito intensa robusta encorpada, a extensão é excepcionalmente grande, a cor do timbre é todo baritonal desde o registro grave ao registro agudo. Distinto do barítono leggero pela cor do timbre e pelo veludo vocal, não é uma voz metálica e sim redonda e harmônica. O barítono leggero tem menos intensidade e o registro agudo mais claro e vocalizante. Também mantém diferenças entre o tenor dramático, que possui um timbre mais metálico e pouca beleza em harmônicos e menor propensão ao legato. Sua tessitura usual é do Sol1 ao Si3 (Dó4).
Na França
Na França, o baritenor é incluído na categoria Tenor Heröique que é a categoria do tenor dramático alemão, já que o repertório destinado aos barítenores são sempre os mesmo do tenor dramático.
Na Alemanha
Na Alemanha é incluído na categoria Tenorbariton, que é a categoria dos barítenores, às vezes incluída na categoria de HeldenTenor.
Registro agudo
É um registro muito excepcional tanto na cor escura quanto na potencia vocal. Pode alcançar a mesma extensão de um tenor, às vezes com maior facilidade que o Tenor Dramático. Possui qualidades metálicas e harmônicas ao mesmo tempo e um veludo generoso, a propensão para linhas legatas é mais abundante do que no Tenor Dramático.
Registro central
Possui muita semelhança com o barítono na cor, no veludo, na intensidade, no vigor e flexibilidade. É dinamicamente flexível desde o pianíssimo ao fortíssimo, possuem natural espontaneidade ao legato e aptidão aos textos declamativos e dramáticos.
Registro grave
É um registro generoso de grande vigor, a cor é escura e o timbre é muito pesado, prestando-se a papéis dramático e muito viril.
Personagens
Otello na homônima ópera, de Giuseppe Verdi;
Siegmund, em Die Walküre, de Richard Wagner;
Peleas, em Peleas et Melisande, de Claude Debussy;
O Imperador, em O Primeiro Imperador, de Tan Dun;
Sansão, em Sansão e Dalilah , de Camille Saint Säenz;
Barítenores famosos
Carlos Guichandut
Clifton Forbis
José Cura
Placido Domingo
Ramon Vinay
Vladimir Galouzine
*Barítono, voz masculina que se encontra entre as extensões vocais de um baixo e um tenor. Se trata de uma voz mais grave e aveludada que a dos tenores, porém que, quase nunca, conta com agilidades. Um barítono tem sua extensão vocal dentro dos limites do Sol1 ao La3 (O barítono lírico, pode chegar a Si3). Tipos de barítono
Dentro da voz de barítono encontramos tipos distintos:
Barítono Leggero
Barítono Lirico
Barítono Alto
Barítono Dramatico
Barítono Popular
Barítonos famosos
Alguns barítonos famosos são:
Bruce Dickinson
Carlos Marin - Il Divo
Frank Sinatra
Thomas Allen
Pierre Bernac
Bing Crosby
Dietrich Fischer-Dieskau
Robert Goulet
Saulo Vasconcelos
Thomas Hampson
Jorge Chaminé
John Shirley Quirk
Vladimir Ružđak
Gérard Souzay
Josh Groban
Enzo sordello
Elvis Presley
Olaf Bär
Bo Skovhus
Inácio de Nonno
Paulo Fortes
Renato Russo
Jerry Adriani
David Gahan
Warrel Dane
W. Axl Rose
*O baixo-barítono é o timbre intermediário com uma extensão vocal que pode abranger tanto baixo como barítono, mais extenso e ao mesmo tempo mais dramático que o Baixo Cantante, é de uso comum em operas germânicas ou russas, embora se presta na maioria das vezes a papéis dramáticos, pode também interpretar papéis cômicos e buffos dedicados para baixos bufos. Este termo surgiu no século 19 para especificar o tipo particular de voz precisa para cantar personagens baixos (voz) nas obras de Richard Wagner, como Wotan (em Der Ring des Nibelungen) e Hans Sachs (em Die Meistersinger von Nürnberg). Wagner deu o nome a estes personagens de Hoher Bass ("Baixos Agudos" ou "Baixos Altos").
O baixo-barítono é distinguido por dois atributos. Primeiro, é capaz de cantar confortavelmente em uma tessitura de barítono, e por ter também a ressonância típica associada com o baixo. Sua tessitura usual é do Fá1 ao Sol3.
Na França
Na escola francesa, o baixo-barítono é destacado na categoria baryton basse, voz intermediária entre o Barítono Dramático e o Baixo Cantante. Pode alcançar notas agudas mais facilmente do que o Baixo cantante, é mais escuro que o Barítono Dramático, mais possante e de média amplitude. Também chamado de Baryton grave, Basse barytonnante, Baryton Donizetti.
Na Alemanha
Na escola alemã, o baixo-barítono é destacado na categoria baßbariton, uma voz ampla com uma grande extensão e uma fina caracterização de habilidades. A voz do bass-bariton nos teatros germânicos é aquele que na América é conhecido como o Basso Cantante. A voz geralmente tem uma maior refinação, no som italiano que o Seriöserbaß e encontra se um pouco mais aguda. Embora ele possa usualmente cantar o repertório de qualquer um o Seriöes - ou Spielfach, mas carece de ambos o físico ou o tamanho vocal ou a ação habilidosa que faria sua interpretação do personagem principal aceitável. Mais frequentemente ele está relegado a papeis secundários de um tipo compreensível: ele é o amigo, o pai, ou o homem sensato na opera: Zuniga em Carmen, Warlaam em Boris, Angelotti em Tosca, Don Ferrando em ambos Fidelio e Il Trovatore o Grande inquisidor em Don Carlos e o rei em Aida, Figaro em Le nozze di Figaro e Don Alfonso em Così fan tutte. Se a voz é ampla o suficiente ele tambem pode cantar papéis para ambas categorias Seriöser e Schwerer Spielbaß tais como Daland em Der Fliegenden Holländer, Mephisto em Faust, e Hunding em Die Walküre.
Registro agudo
É um registro quase semelhante ao barítono dramático: Brilhante, escuro, muito potente e metálico.
Registro central
É onde situa a verdadeira tessitura e brilho do baixo-barítono, nos papéis dramáticos uma variação de cor metálica e robusta, passando as vezes a ser doce e redonda em legatos expressivos que soam naturalmente, ou em papéis buffos com uma variação de cor mais clara e dicção muito hábil.
Registro grave
É um registro muito extenso e com qualidades semelhantes ao baixo cantante, podendo assim interpretar e até ser classificado como um baixo.
Personagens
O Sumo Sacerdote, em Sansão e Dalila, de Camille Saint Säez;
Hans Sachs, em Os mestres cantores de Nürenberg, de Richard Wagner;
O Holandês, em O Navio Fantasma, de Richard Wagner;
Wotan, em O anel do Nibelungo, de Richard Wagner;
Titurel, em Parsifal, de Richard Wagner;
Boris Godunov, na homônima ópera de Modest Mussorgsky;
Konthak, em O Príncipe Igor, de Borondin;
Conde Des Grieux, em Manon Lescout, de Jules Massenet ;
Mefistofeles, na homônima ópera de Arrigo Boito ;
Lotário, em Mignon, de Ambroise Thomas;
Basilio e Don Bartolo em O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini;
Daland em O Navio Fantasma, de Richard Wagner;
Figaro em As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart;
Leporello em Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart;
Don Fernando em II Trovattor, de Giuseppe Verdi;
Baculus em Der Wildschütz, de Weber;
Alidoro em La Cenerentola, de Gioachino Rossini;
Rocco em Fidelio, de Ludwig van Beethoven;
Banquo em Machbeth, de Giuseppe Verdi;
Mefistofeles em Faust, de Charles Gonoud;
Plumkett em Martha, de Flotow;
Baixo-barítonos famosos
Adrien Legros
Anatolo Kotcherga
Boris Gmyria
Bryn Terfel
Carmo Barbosa
Erich Kunz
Franz Crass
George London
Giorgio Surjan
Hans Hotter
Jean-François Delmas
Jose Van Dam
Justino Diaz
Mario Petri
Nikolai Schewelew
Norman Triegle
Paul Cabanel
Richard Bernstein
Richard Cowan
Robert Hale
Simon Estes
Theo Adam
Tom Krause
Xavier Depraz
Walter Berry
Willard White
*O baixo é a voz ou naipe masculino com a extensão mais grave. Um baixo tipicamente tem uma tessitura que vai do Fá1 ao Mi3. Nas primeiras óperas era usado principalmente em papéis de deuses ou figuras misteriosas, embora mais tarde também tenha caracterizado personagens de pais idosos e reis.
Tipos de baixos
O timbre do baixo divide-se em:
Baixo Leggero
Baixo Cantante
Baixo Profondo
Baixo Superprofondo
Alô, Canto Lírico (se é que vc não tem outro apelido), só uma pergunta curiosa: essa história de você ser sopranista... ninguém nunca tirou sarro de você por cantar com voz feminina?
Existe mesmo baixo leggero qual é a extensão mais ou menos? Sabe me dizer porfavor
Me fala a extensão vocal por favor
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